Reintegração
de posse
EXMO.
SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA_____VARA CÍVEL DA COMARCA DE .............
TÍCIO,
brasileiro, divorciado, aposentado, portador da cédula de identidade RG
........., CPF/MF ............., residente e domiciliado na Rua .........., nº
....., Bairro ......, nesta cidade e comarca de ........., Estado de .........,
por seu advogado e procurador infra-assinado, vem, com respeito e acatamento de
estilo à presença de V.Exa., com fundamento nos artigos 1.210, 1.212 e 1.213 do
Código Civil e 926 e seguintes do Código de Processo Civil, requerer a presente
AÇÃO
DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE
COM
LIMINAR
em face de ........ e sua mulher
......, de qualificação ignorada, residentes e domiciliados à Rua ........,
nº ....., Bairro ......, nesta cidade e comarca de ........., Estado de ......,
pelos motivos a seguir expostos.
O
requerente é legítimo proprietário do prédio residencial, na Rua ......... n°
......., Bairro ......., adquirido em .../.../..., conforme comprova a
escritura pública de compra e venda, lavrada no ...° Cartório de Notas desta
comarca e registrada sob matrícula nº ......., (Doc. anexo) local onde residia
sozinho.
Em
meados do mês de ..... do corrente ano, o requerente cedeu parte do imóvel, a
título gratuito, para os requeridos nele residirem, pelo prazo de 60 (sessenta)
dias, até que estes encontrassem um imóvel para alugar.
Os
requeridos são familiares do requerente, sendo ......... seu genro e .........
sua filha.
Diante
da dificuldade em que os requeridos se encontravam na busca de um local para
morar, o requerente, sensibilizado pela situação, por um ato de caridade,
cedeu-lhes parte de sua casa, cerca de cinqüenta por cento, para que os
requeridos nela permanecessem pelo prazo máximo de 60 (sessenta) dias, período
dentro do qual deveriam desocupar o imóvel devolvendo-o ao suplicante.
Expirado
o prazo o suplicante solicitou aos suplicados a desocupação do imóvel, pois, a
convivência entre todos tornava-se a cada dia mais difícil, gerando
desentendimentos que resultavam em ofensas e agressões físicas constantes.
Já
se passaram mais de cinco meses da entrada dos suplicados na casa e não
demostram a mínima intenção de desocupar o imóvel, alegando terem direitos
sobre o mesmo.
O
requerente é uma pessoa idosa, conta com seus ......... anos e como a maioria
dos idosos tem uma complexidade de problemas de saúde sendo a hipertensão
arterial o que mais lhe afeta.
As
discussões diárias têm agravado sobremaneira a saúde do autor.
......,
além das agressões morais vem sofrendo lesões corporais por parte
de ......, conforme o Termo Circunstanciado de Ocorrência Policial n° .....
(doc. em anexo). Contra a mesma pessoa, moveu um Termo de Representação na
Terceira Vara Criminal, requerendo em conseqüência, o regular prosseguimento da
Ação Penal.
Em
..../..../...., o Autor NOTIFICOU os requeridos, por carta registrada,
para que estes restituíssem o imóvel no prazo de 15 (quinze) dias, sob pena de
adoção de medida judicial visando a retomada do prédio. No entanto, apesar dos
diversos pedidos e da notificação, os Suplicados não desocuparam o prédio, ali
permanecendo contra a vontade do Autor.
A
permanência dos requeridos no imóvel, apesar de regularmente notificados para
desocupá-lo, caracteriza prática de violência contra a propriedade do Autor,
praticando ato de esbulho, sanável através da presente medida de Reintegração
de Posse.
O
esbulho se caracterizou no momento em que os requeridos, notificados, se
recusaram a devolver o prédio cedido, fato que ocorreu em ..../..../...., nos
termos da notificação referida.
Assim,
o Autor sente-se privado do livre uso e gozo do seu imóvel, ante a permanência
dos requeridos no local, além de estar sujeito a constantes ameaças, tanto
morais como físicas, tornando-se, por isto, insuportável a permanência ali dos
Suplicados.
DA
ANTECIPAÇÃO DA TUTELA
Considerando que os requeridos, embora notificados,
resistem em desocupar o prédio, e a existência de forte animosidade entre as
partes, resultando em lesões corporais e ameaças, conforme consta no
Boletim de Ocorrência em anexo, e temendo, mais lesões a direitos do
Suplicante, principalmente pela sua integridade física, caso os suplicados
permaneçam no imóvel no transcorrer da ação, visto que residem as partes no
mesmo prédio (foram divididos os cômodos da casa em metade para cada uma das
partes), e achando-se presentes os requisitos do artigo 273 do Código de
Processo Civil, REQUER a Vossa Excelência se digne DEFERIR,
LIMINARMENTE, ao presente pedido de Antecipação de Tutela, para o fim de
determinar a REINTEGRAÇÃO DO REQUERENTE NA POSSE DO IMÓVEL, sem ouvir a parte,
expedindo-se competente mandado
Diante
do exposto, requer:
a) que seja deferida a Tutela Antecipada,
reintegrando o Autor na posse do imóvel, sem ouvir a parte, na forma do artigo
273 do Código de Processo Civil, expedindo-se competente mandado
reintegratório.
b) a citação, em seguida, dos Requeridos
para os termos da presente ação, a fim de oferecer defesa, querendo, sob pena
de revelia.
c)
que seja a presente ação julgada PROCEDENTE, tornando definitiva a medida
liminar de reintegração de posse, condenando-se os Requeridos em custas
processuais, verba honorária e demais cominações de lei.
d) O benefício da Assistência Judiciária
Gratuita, por ser pobre o requerente na acepção legal da palavra, não
podendo custear o processo sem prejuízo da própria subsistência.
e)
Conceda ao Sr. Oficial de Justiça o benefício do art. 172, § 2º, do Código de
Processo Civil.
Requer
provar o alegado por todos os meio de prova admitidos em direito.
Dá-se
a causa o valor de R$ .........
Termos em que,
P. Deferimento.
Local e data.
Ozéias J. Santos
OAB 2796481